A Alergia Alimentar é uma reação alérgica a alimentos ou aditivos alimentares, envolvendo vários tipos de mecanismos imunológicos. A maioria das reações alérgicas são reações de hipersensibilidade imediata.
Vários fatores estão envolvidos no desenvolvimento da alergia alimentar, como as características próprias do alérgeno, características da barreira do trato gastrintestinal e a predisposição do indivíduo à resposta alérgica.
Nos primeiros dois anos de vida o principal alérgeno responsável pelas alergias alimentares é o leite de vaca. Outros alimentos também podem causar a alergia, como ovo, soja, trigo, amendoim, cacau, frutos do mar, nozes e tomate.
Sinais e Sintomas:
São diversas as apresentações clínicas, podendo acometer vários órgãos, como o trato gastrointestinal, trato respiratório e pele. As reações podem ocorrem imediatamente após a ingestão do alimento ou de forma tardia, 2 a 48 horas após.
Imediatamente pode ocorrer anafilaxia, edema de laringe, urticária, angioedema, broncoespasmo, dor abdominal com ou sem diarreia, vômitos e cefaleia. As reações tardias incluem broncoespasmo, eczema, rinite e diarreia.
As alergias ao leite de vaca e à soja manifestam-se por diarreia crônica, vômitos e retardo no crescimento.
Diagnóstico:
O diagnóstico é baseado na história clínica e nos sinais e sintomas apresentados pelo paciente. Também pela melhora do quadro clínico com a retida do alimento e retorno dos sintomas após a reintrodução do alimento suspeito.
O paciente também pode ser submetido a testes sorológicos e/ou testes cutâneos de hipersensibilidade imediata para identificação do alimento suspeito.
Tratamento:
A melhor forma de abordagem da alergia alimentar é sua prevenção. Deve-se orientar os pais sobre a importância do aleitamento materno exclusivo por pelo menos seis meses e sua continuação complementar após esse período.
O tratamento dietético consiste na exclusão do alimento comprovadamente desencadeante do quadro clínico. É importante uma supervisão de nutricionista para indicar possíveis alimentos para substituir o causador.
Aproximadamente 40% das crianças acometidas pela alergia apresentam resolução espontânea dos sintomas em três anos, principalmente naquelas que iniciaram o quadro clínico antes dos dois anos de idade. Nestes casos é possível tentar a reintrodução do alimento, em pequenas quantidades e sob orientação do médico especialista.
Os anti-alérgicos podem ser usados para o alívio do prurido e para o tratamento dos sintomas gastrointestinais.
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