A infertilidade é definida como a ausência de gravidez após um ano de atividade sexual regular (duas a quatro vezes por semana), sem proteção contraceptiva. Acomete 7 a 15% dos casais em idade reprodutiva.
Conduta inicial:
Na primeira consulta deve-se conversar bastante com a paciente, perguntando principalmente sobre a frequência das relações sexuais, sobre o ciclo menstrual da mulher, se já teve gestações anteriores, doenças sexualmente transmissíveis, cirurgias em órgãos pélvicos, uso de drogas ilícitas e lícitas.
No exame físico deve-se avaliar o pessoa, altura, biótipo, distribuição dos pelos, aferir pressão arterial, avaliar presença de descarga papilar (secreção no mamilo), palpar tireóide e realizar exame ginecológico completo.
Devem ser solicitados espermograma, dosagem de FSH, estradiol, prolactina, TSH, T4 livre, progesterona, ultrassonografia transvaginal seriada e histerolssalpingografia.
A causa masculina representa 35% dos casos de infertilidade conjugal. A fertilidade masculina atinge um pico aos 35 anos e diminui nitidamente após 45 anos. Há uma queda de testosterona e aumento das gonadotrofinas hipofisárias, o que está associada a um decréscimo na produção de espermatozóides.
O espermograma faz parte da rotina básica de investigação do casal infértil e deve ser realizado mesmo em caso de paternidade anterior, principalmente se for há mais de 2 anos. Os critérios avaliados no espermograma incluem: volume, liquefação, pH, viscosidade, concentração, número total de espermatozoides, motilidade, morfologia e vitalidade. Diante de um espermograma normal, não há necessidade de se repetir o exame quando está se fazendo avaliação inicial da infertilidade.
Tratamento:
O tratamento é direcionado para a causa da infertilidade.
– Fator masculino: realizar cirurgia em caso de varicocele ou vasectomia prévia, administração de gonadotrofinas em caso de deficiência, técnicas de reprodução assistida em caso de alterações no espermograma.
– Fator tuboperitoneal: lise de aderências, correção de doença perianexial, correção de doença tubária proximal, distal ou combinada, correção de anormalidades tubárias, cauterização de focos de endometriose, técnicas de reprodução assistida.
– Fator anatômico: exérese de pólipos, lise de sinéquias, miomectomia, técnicas de reprodução assistida.
– Fator ovulatório: tratamento de endocrinopatia subjacente, indução da ovulação, técnicas de reprodução assistida.
– Infertilidade sem causa aparente: conduta expectante, indução da ovulação, técnicas de reprodução assistida.
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