Os mecanismos para defesa do ego tem a finalidade de amenizar as situações que possam colocar o ego em situações de perigo, podendo ser conscientes, subconscientes ou inconscientes. Essa atuação tenta solucionar as angústias humanas, que são as mais variadas possíveis. Os mais comuns estão abaixo:
Racionalização: consiste em um mecanismo planejado com o objetivo de manter o respeito e evitar o sentimento de culpa e escondendo uma frustração. Visa a um propósito útil até o ponto que conduz à auto proteção e ao conforto psíquico. Utilizado para explicar atitudes irracionais, sem posição de sentido e assim inventam razões plausíveis para suas atitudes. Exemplo: um funcionário tira dinheiro do caixa e é pego, fala que estava precisando muito e que no próximo mês devolveria todo o valor.
Deslocamento: desvia o impulso de sua expressão direta. Assim, o impulso não se modifica na sua essência, mas é deslocado de seu alvo original. A pessoa substitui a finalidade inicial de uma pulsão por outra diferente e socialmente mais aceita. Exemplo: ao ser despedido de uma empresa, um funcionário leal sente raiva e hostilidade pela forma como foi tratado, mas usualmente tem dificuldade de expressar seus sentimentos de forma direta.
Regressão: é um modo de defesa bastante primitivo e, embora reduza a tensão, frequentemente deixa sem solução a fonte de ansiedade original. Designa-se pelo retorno a uma fase primitiva psíquica do desenvolvimento. A regressão pode ser entendida como uma adaptação ao mundo interior pessoal apoiado na necessidade vital de satisfazer as reivindicações individuais. Defende-se contra uma frustração pelo retorno a uma modalidade de comportamento e de satisfação anterior. Exemplo: comportamentos infantis, como agarrar o cobertor para sentir-se seguro, como fazia quando era criança.
Compensação: tenta-se disfarçar uma fraqueza que o próprio indivíduo conhece ao enfatizar uma qualidade existente. Um exemplo seria uma criança que não consegue jogar bola, mas para isso estuda muito para compensar.
Negação: quando o indivíduo se nega a reconhecer determinada situação real ou sentimentos relacionados à mesma. Um exemplo seria a fuga por meio de bebidas alcoólicas.
Intelectualização: evita-se demonstrar sentimentos reais associados a uma situação de estresse por meio de raciocínio, lógica e análise. Ou seja, quando o paciente tenta ver o lado bom de uma determinada mudança, escondendo o medo e ansiedade.
Introjeção: integração de crenças e valores ao próprio ego. As crianças integram o seu sistema de formação dos valores a partir da percepção dos valores dos pais.
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